José Renan Vasconcelos Calheiros (Murici, 16 de setembro de 1955) é um político brasileiro e atual presidente do Senado Federal do Brasil.
Cumpre seu terceiro mandato no Senado Federal do Brasil, (1994/2002 - 2002/2010 - 2010/2018) como representante de seu estado natal. Foi Presidente do Senado Federal do Brasil de 2005 até 2007, quando renunciou ao cargo, após várias denúncias de corrupção contra si polarizarem a opinião pública. No âmbito político, foi absolvido por votação de seus pares no Senado .
Atos SecretosEnvolvimento
No centro do escândalo, José Sarney (PMDB-AP) tentou dividir a responsabilidade pelos atos secretos mostrando que seus antecessores no cargo de presidente do Senado também se valeram do expediente. Entre eles, Renan Calheiros (PMDB-AL) apareceu como o recordista de atos secretos: 260 de 663 atos tabelados, incluindo a criação de cargos e nomeações em favor de aliados.
O que aconteceu
O ex-presidente do Senado manteve silêncio sobre o caso e, como Sarney, resistiu a mais esta leva de denúncias. Foi reeleito senador em 2010 e, três anos depois, alçado por seus pares à presidência da Casa.
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Agaciel Maia, envolvido no escândalo ATOS SECRETOS |
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Efraim Morais envolvido no escândalo Atos Secretos |
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Epitáfio Cafeteira envolvido no escândalo Atos Secretos |
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João Carlos Zoghbi envolvido no escândalo Atos Secretos |
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José Sarney envolvido no escândalo Atos Secretos |
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Roseana Sarney envolvida no escândalo Atos Secretos |
Renangate - Caso do laranjal alagoano
Envolvimento
Em 1998, Renan Calheiros planejava se candidatar ao governo de Alagoas, mas sabia das resistências de um ex-aliado, o ex-presidente Fernando Collor, que lhe fazia oposição por meio de suas emissoras de rádio, TV e do maior jornal do estado, a Gazeta de Alagoas. VEJA revelou em 2007 que Renan tentou montar sua própria rede de emissoras a partir das outorgas de concessões públicas garimpadas em Brasília. Por meio de contratos de gaveta, comprou duas emissoras de rádio e um jornal em nome de laranjas e em sociedade oculta com o usineiro João Lyra, sogro de Pedro Collor. Os pagamentos foram feitos com dinheiro vivo, parte em dólar, parte em real.
O que aconteceu
A sociedade secreta com Lyra durou de 1999 a 2005. A partir daí, Renan e Lyra tornaram-se adversários. Quando o caso veio à tona, Renan tentou desqualificar o usineiro, dizendo que ele responde a diversos processos e que fez as denúncias motivado por ressentimento. Segundo a versão do senador, ele recebeu de fato a proposta de venda de um grupo de comunicação e apenas a encaminhou a João Lyra. O caso levou Renan pela segunda vez a julgamento em plenário. O senador foi outra vez absolvido por seus pares. Na mesma sessão, deixou a presidência da Casa. Mas ainda não se livrou da Justiça. É alvo de inquérito no STF, que corre em segredo de Justiça.
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João Lyra - envolvido no caso Renangate - Laranjal alagoano |
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Renan Filho - envolvido no caso Renangate - Laranjal alagoano |
Renangate - Caso Mônica Veloso
Envolvimento
Ao longo de 21 meses, o senador e então presidente da Casa, Renan Calheiros, pagou 400 000 reais de pensão à jornalista Mônica Veloso, através do lobista de uma empreiteira, segundo perícia da Polícia Federal. Renan reconheceu que usou os serviços do lobista, mas disse que o dinheiro lhe pertencia e mostrou suas declarações de renda para comprovar renda advinda da pecuária.
O que aconteceu
O caso levou ao primeiro processo no Conselho de Ética contra Renan. O senador afastou-se da Presidência, mas escapou da cassação - duas vezes -, em votação secreta. Para tanto, contou com a ajuda do governo e não mediu esforços para constranger e chantagear aliados e adversários. Embora absolvido pelos pares, Renan não se livrou da Justiça. Em 2010, o STF aceitou pedido da Procuradoria-Geral da República e abriu inquérito para investigar o senador por improbidade administrativa e tráfico de influência. O caso corre sob segredo de Justiça e tem como relator o ministro Ricardo Lewandowski. Em 2011, o Ministério Público Federal em Brasília abriu inquérito para apurar o pagamento da pensão alimentícia da filha de Renan pelo lobista Cláudio Gontijo. Em janeiro do ano seguinte, o MP encaminhou uma denúncia ao STF contra o senador pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documentos falsos e peculato. De acordo com o parecer, Renan apresentou, em 2007, notas fiscais frias relacionadas à venda de bois. O parecer da promotoria fora pedido pelo próprio Supremo. Em fevereiro de 2013, foi alçado por seus pares à presidência do Senado.
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Cláudio Gontijo - envolvido caso Ranangate Mônica Veloso |
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Mônica Veloso - envolvida caso Ranangate Mônica Veloso |
Caso Schincariol
Envolvimento
VEJA revelou que a Schincariol comprou uma fábrica da família de Renan por um preço exorbitante. Em troca, o senador pressionou para que a Receita e o INSS não executassem os débitos fiscais da cervejaria.
O que aconteceu
O caso levou à abertura do segundo processo contra Renan no Conselho de Ética, mais tarde arquivado.
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Schincariol - envolvida no caso Rnangate Schincariol |
Renangate - Golpe no INSS
Envolvimento
Conforme depoimento de Bruno Lins, seu padrinho de casamento, o senador Renan Calheiros, negociou com aliados do PMDB uma maneira de beneficiar o banco BMG no serviço de concessão de crédito consignado para os aposentados da Previdência. Em troca, o banco pagou propina aos envolvidos.
O que aconteceu
A revelação provocou a abertura do quarto processo contra Renan no Conselho de Ética, depois arquivado. Até hoje não se sabe como o BMG conseguiu construir uma carteira de empréstimos consignados de fazer inveja às grandes instituições financeiras. A oposição tentou criar a CPI do Crédito Consignado, mas ela nunca foi instalada.
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Luiz Garcia Coelho - envolvido caso Ranagate - Golpe do INSS |
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